agosto 31, 2007

Bob Dylan - Highway 61 Revisited



Bob Dylan, um dos maiores letristas de todos os tempos, começou sua carreira tocando folk tradicional, lançando hits como Blowin' in the Wind e fazendo muito sucesso neste campo da música. Quando lançou o clássico do rock, Highway 61 Revisited, mudou os rumos de sua música, aproximando-se do rock e foi considerado um traidor com os fãs da carreira folk que antecedia este albúm. Dylan eletrifica sua música, voltando-se mais para o rock, que agitava a década nessa epóca (1965), acompanhado de uma banda de blues-rock como apoio. Com canções e letras mais pessoais e introspectivas, ligadas a uma visão muito particular do mundo, como desilusões amorosas, liberdade pessoal, contra-cultura, influenciados pela poesia beat, e principalmente pelo livro On The Road de Jack Kerouac, aclamada como bíblia da geração beat e que fez Dylan fugir de casa. Foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público, mesmo sendo chamado de "traidor" por fãs do Dylan cantador folk, tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporâneos e lançando os mais apreciados sucessos de sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório: Ballad Of A Thin Man, Like a Roling Stone, onde é sempre a canção que lidera qualquer lista de melhor música de todos os tempos, e Desolation Row, um hino com seus 11 minutos, canção essa que prova que Bob Dylan é gênio. Se alguém duvidar algum dia disto, Desolation Row basta. Simples assim.

01. Like a Rolling Stone
02. Tombstone Blues
03. It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry
04. From A Buick 6
05. Ballad of a Thin Man
06. Queen Jane Approximately
07. Highway 61 Revisited
08. Just Like Tom Thumb's Blues
09. Desolation Row

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Por Thiago Priess Valiati

agosto 21, 2007

Engenheiros do Hawaii - Várias Váriaveis



Muita gente tem aversão à banda gaúcha Engenheiros do Hawaii, principalmente nos últimos tempo devido ao albúm solo acústico MTV de Humberto Gessinger com um pop tosco. Mas muitos não conhecem os tempos de glória desta grande banda que na fase progressiva 1990-1994 produziu discos clássicos do rock nacional. Humberto Gessinger, Augusto Licks & Carlos Maltz, a Santissíma Trindade, começou a incorporar elementos do rock progressivos em sua música no albúm que antece este, O Papa é Pop, com canções mais grandes que o normal, chegando a atingir os 8 minutos, e a divisão de músicas assim como bandas clássicas do progressivo faziam. Várias Váriaveis é marcado pela conceitualidade do disco: A cobra que morde o próprio rabo. A música Não é Sempre/Nunca é Sempre, faixa que encerra o disco, logo após o fim dito por Gessinger, já é grudada com a faixa inicial, O Sonho é Popular, marcando um ciclo que nunca vai acabar. Assim como a cobra da capa, você ouve o disco, e nunca mais pára de ouvir, é um disco eterno.

Marcado por muitos clássicos como Piano Bar, Ando Só, Muros e Grades e a versão de Herdeiro da Pampa Pobre do Gaúcho da Fronteira, este albúm também é cheio das influências progressivas, dando seguimento com o que foi começado no outro albúm e atingiria seu auge em Gessinger, Licks & Maltz (já postado aqui) . Nos shows da turnê, era muito comum Gessinger utilizar baixo e guitarra, e Licks guitarra de 12 no mesmo corpo. Muitos pedais eram frequentes também. Albúm repleto de sintentizadores, oberheim, steinway na linda Descendo a Serra, rhodes, instrumentais mais longos que o normal (Sampa no Walkman, irmã gêmea de Quarto de Hotel; "a mesma esquina em outra canção"), com destaque para os solos de guitarra MAGNÍFICOS de Augusto Licks, MIDI Pedalboard's, locuções ocultas e muito experimentalismo, vide o grito insano em Curtametragem, a vinheta Várias Váriaveis e a união das duas últimas músicas em um conceito só. Augusto Licks realmente faz uma partipação memorável, com solos e arranjos fantásticos como Quarto de Hotel e um de seus melhores solos: Herdeiro da Pampa Pobre realizando um tapping com palhet único. O baixo de Humberto Gessinger também se destaca muito, chegando a utilizar um Fretless em O Sonho é Popular, e não só o baixo como as letras ácidas em respota a crítica, Sala VIP e Muros e Grades, uma das melhores poesias do rock nacional, e sem dúvidas a bateria de Maltz mantendo a paulada sempre, fazendo uma de suas melhores apresentações neste disco. Simples, o power trio dos Pampas: Gessinger, Licks & Maltz.

Deixe de lado o preconceito com a banda e baixe a cobra que morde o próprio rabo logo. Qualquer fã de progressivo perceberá o flerte da banda com o estilo e adorará este albúm. Foi APENAS o disco que eu mais ouvi na minha vida. O disco que moldou todo o meu gosto musical. VÁRIAS VÁRIAVEIS!

É sempre mais difícil dizer adeus quando não há mais nada pra se dizer...

01. O Sonho é Popular
02. Herdeiro da Pampa Pobre
03. Sala VIP
04. Piano Bar
05. Ando Só
06. Quarto de Hotel
07. Várias Váriaveis
08. Sampa no Walkman
09. Muros e Grades
10. Museu de Cera
11. Curtametragem
12. Descendo a Serra
13. Não é Sempre
14. Nunca é Sempre

...

01. O Sonho é Popular
...

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Por Thiago Priess Valiati

agosto 16, 2007

Jethro Tull - Songs From The Wood



Após a obra dos deuses TAAB e Aqualung, Songs From The Wood de 1977, talvez seja um dos melhores albúns do Jethro Tull concorrendo com seu irmão gêmeo da fase folk, Heavy Horses. Esta fase folk progressiva, que se completa com Heavy Horses e Stormwatch, possui a melhar formação da banda no meu ponto de vista: Ian Anderson, o messias, sempre a frente da banda com maestria, Martin Barre, lendário guitarrista do Tull, John Glascock, que eu considero o melhor baixista de toda a história da banda e um dos melhores de todo o rock progressivo, com um som palhetado magnífico demonstrando muita técnica e energia, só ouvir a música que abre o albúm, Songs From The Wood ; Barriemore Barlow, John Evans e David Palmer. Uma banda muito bem entrosada, destacando-se em espetáculos ao vivo, que cria justamente a sua obra-prima neste albúm, o melhor de todo o folk progressivo, gênero praticamente criado pela banda escocesa. O albúm ainda tem características de música medieval, vide a fabulosa Ring Out Solstice Bells, que nos remete a lembranças de invernos passados. Foi um dos albúns que logo na minha primeira audição, eu já parei e gritei: "FODA!" . Foi uma reação na primeira hora fantástica. Este som folk do Tull me contagiou demais e eu ouvi ele seguidas vezes no mesmo dia, lembro até que eu não via a hora de chegar do colégio e ouvir ele novamente, era muita ansiedade para a audição do fantástico, Songs From The Wood. Um albúm que marcou minha vida, e que ficará sem dúvidas marcado para sempre. Ian Anderson é deus, é messias, é gênio, enfim, de um cara que compôs TAAB e SFTW, só resta de nós, humanos, reverenciar o mestre!

Destaques para as fantásticas Cup of Wonder, Ring Out Solstice Bells, Hunting Girl e Velvet Green.

01. Songs From The Wood
02. Jack-In-The-Green
03. Cup Of Wonder
04. Hunting Girl
05. Ring Out, Solstice Bells
06. Velvet Green
07. The Whistler
08. Pibroch (Cap In Hand)
09. Fire At Midnight

bônus:

10. Beltrane
11. Velvet Green [Live]

http://www.mediafire.com/download.php?3y2yxyixbjz

Por Thiago Priess Valiati

agosto 11, 2007

King Crimson - Red



Red no meu ponto de vista é o melhor trabalho lançado pela banda britânica King Crimson apesar de toda a instabilidade da banda . Ele destaca-se por ser um disco com composições mais elaboradas como Starless, um disco mais maduro. O disco obteve grande sucesso de critica, e até é um dos grandes clássicos da banda. Fez também algum sucesso comercial. Robert Fripp, o homem do King Crimson, mais uma vez mostra toda a sua técnica na guitarra em músicas como Red e Starless. E este albúm talvez seja o que conta com a melhor formação de toda a história do Crimson, com Bill Brufford, do Yes, na bateria e John Wetton nos vocais e no baixo, mostrando serviço também vide Fallen Angel, um clássico do grupo. Um disco realmente fantástico, indispensável em qualquer discografia básica de rock progressivo. Destaque para a magnífica Starless.

1. Red
2. Fallen Angel
3. One More Red Nightmare
4. Providence
5. Starless

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Por Thiago Priess Valiati

agosto 08, 2007

Peter Hammill - The Silent Corner & The Empty Stage



Continuando com a genialidade de Hammill aqui no blog, o albúm desta vez é The Silent Corner & The Empty Stage, lançado em 1974, um dos melhores albúns da carreira solo do Camaleão do Rock. Neste albúm, Hammill continua com seu estilo lírico único que o transformou em gênio e criou um estilo muito próprio, caracterizado por longas e expressivas baladas, que incluem marchas harmónicas típicas e uma poesia centrada nas angústias e paixões do homem contemporâneo, as quais são, recorrentemente, as de todos os homens que o precederam. Um albúm mais progressivo que Fools Mate, contendo canções mais longas como A Louse is Not a Home, uma das mais geniais de toda a sua carreira que já vale pelo albúm inteiro. Não fica atrás de nenhum albúm do Van der Graaf, talvez só Pawn Hearts, que está num nível mais elevado que todas as demais obras, mas a obra de Hammill é muito sincera e homogênea, e este albúm é essencial para se aprofundar na música com palavras de Peter Hammill. Baixe-o, afinal é Peter Hammill, garantia de música de qualidade!

01. Modern
02. Wilhelmina
03. The Lie (Bernini's Saint Theresa)
04. Forsaken Gardens
05. Red Shift
06. Rubicon
07. A Louse Is Not a Home

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Por Thiago Priess Valiati

agosto 04, 2007

Van der Graaf Generator - Still Life



O Van der Graaf Generator trancedeu a realidade com a sua música e poesia. Still Life, lançado em 1976, logo após Godbluff (já postado aqui) é um dos melhores albúns da banda britânica Van der Graaf Generator, liderada pelo gênio lírico Peter Hammill. Uma banda que revolucionou o movimento progressivo com os saxofones de David Jackson, a bateria de Guy Evans e as teclas de Hugh Banton que talvez seja a máquina geradora da banda, com orgãos, piano, mellotron, teclados e baixo, principalmente, nos pedais e claro, ele: o gênio Peter Hammill, que neste disco atinge talvez o seu melhor trabalho vocal, vide a magnífica Childlike Faith in Childhood's End, onde canta com um lirismo e coloca uma emoção na garganta fantástica. Uma banda de rock sem baixo e guitarra com instrumentistas oficiais, apenas participações e excessões, Robert Fripp, Hammill, Banton nos bass-pedals... É sem dúvidas uma revolução na música, progressivo feito de saxofone, teclado e bateria! Destaque para a magnífica faixa final: Childlike Faith in Childhood's End que faz qualquer um amante de boa música gritar e berrar: "Peter Hammill é Deus!!".

"is the cosmos compared to the dust of the past...
in the death of mere humans life shall start! "

" Frightened in the silence - Frightened, but thinking very hard! "

01. Pilgrims
02. Still Life
03. La Rossa
04. My Room (Waiting for Wonderland)
05. Childlike Faith in Childhood's End

http://www.mediafire.com/download.php?bttnmzbmnwn

Por Thiago Priess Valiati

agosto 02, 2007

Peter Hammill - Fools Mate



Peter Hammill faz música para a alma, não para os pés... São letras repletas de ideologias fantásticas que hoje são objetos de estudo nas universidades britânicas por parte de seu lirismo poético exarcebado, são repletas de harmonias, sons e criatividade. Trata-se de uma música atemporal com letras que falam, com impressionante clareza, das questões mais profundas da aventura humana. Este albúm, Fools Mate, foi gravado um pouco ante da obra-prima do VdGG: Pawn Hearts. Uma carreira solo iniciada em pleno sucesso e auge criativo da banda, justamente em 1971 com Fools Mate. Um disco um pouco mais convecional, repleto de melodias acústicas de alta qualidade que evidencia todo o talento e a genialidade de um dos melhores vocalistas e letristas do rock progressivo: Hammill. Mas os exemplos do gênio criativo de Hammill estão seguramente disseminados por toda a sua carreira, seja nos dez álbuns de estúdio dos Van der Graaf Generator ou nos seus mais de trinta registos a solo. Música com palavras, ou palavras com música, esta é a arte de Peter Hammill. Enfim = GÊNIO.

Destaque para as belíssimas Vision e The Birds.

01. Imperial Zeppelin
02. Candle
03. Happy
04. Solitude
05. Vision
06. Re-Awakening
07. Sunshine
08. Child
09. Summer Song (In the Autumn)
10. Viking
11. The Birds
12. I Once Wrote Some Poems

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Por Thiago Priess Valiati